Encontrei um blog com uns contos muito bons. Veja um deles e acesse o blog =]
Cheguei. Abri a porta da geladeira, guardei as carnes que havia comprado. – Dessa vez tem q dar certo – Peguei um copo de água e virei num gole. Estava vindo… Sabia disso, e não teria como evitar.
Liguei o ventilador, Sentei no sofá e liguei a TV. Não consegui ficar ali muito tempo, levantei, fui até a janela e a abri. A lua estava linda. O vento bateu em meu rosto, mas não me senti refrescado. Observei os carros passando de baixo da minha janela por algum tempo, tentando me distrair…
Não funcionou, voltei para a cozinha e peguei mais um copo de água. Coloquei gelo, muito gelo, bebi. Mas parecia que meu corpo estava tão quente que a água fervia ao descer por minha garganta, aquilo ardia. Tentei me acalmar aos poucos… Respirando lentamente…
O telefone tocou.
A dor de cabeça aumentava.
Não iria atender, não naquele momento! – e se for Mary? Ah, foda-se ela… – O telefone continuou tocando e minhas mãos começaram a tremer.
Aquela sensação… Aquele terror… Aquela fome…
O telefone tocou mais uma vez, a ultima. Peguei-o e joguei pela janela.
Coloquei as mãos tremulas em minha cabeça… – Por quê?
-Aahhh!
Meu coração começava a acelerar, minhas veias a saltar, os músculos a dilatar, e eu a me contorcer. Debatia-me contra a parede, cada vez com mais intensidade. A fúria ardia em meu peito, a dor em todo meu ser, e a fome em toda minha alma.
A janela se quebrou e dela eu saltei. Sucumbindo novamente a besta dentro de mim.
O cheiro…
A fome…
O medo…
A lua…
O uivo…
Por: Apenas Contos
Cheguei. Abri a porta da geladeira, guardei as carnes que havia comprado. – Dessa vez tem q dar certo – Peguei um copo de água e virei num gole. Estava vindo… Sabia disso, e não teria como evitar.
Liguei o ventilador, Sentei no sofá e liguei a TV. Não consegui ficar ali muito tempo, levantei, fui até a janela e a abri. A lua estava linda. O vento bateu em meu rosto, mas não me senti refrescado. Observei os carros passando de baixo da minha janela por algum tempo, tentando me distrair…
Não funcionou, voltei para a cozinha e peguei mais um copo de água. Coloquei gelo, muito gelo, bebi. Mas parecia que meu corpo estava tão quente que a água fervia ao descer por minha garganta, aquilo ardia. Tentei me acalmar aos poucos… Respirando lentamente…
O telefone tocou.
A dor de cabeça aumentava.
Não iria atender, não naquele momento! – e se for Mary? Ah, foda-se ela… – O telefone continuou tocando e minhas mãos começaram a tremer.
Aquela sensação… Aquele terror… Aquela fome…
O telefone tocou mais uma vez, a ultima. Peguei-o e joguei pela janela.
Coloquei as mãos tremulas em minha cabeça… – Por quê?
-Aahhh!
Meu coração começava a acelerar, minhas veias a saltar, os músculos a dilatar, e eu a me contorcer. Debatia-me contra a parede, cada vez com mais intensidade. A fúria ardia em meu peito, a dor em todo meu ser, e a fome em toda minha alma.
A janela se quebrou e dela eu saltei. Sucumbindo novamente a besta dentro de mim.
O cheiro…
A fome…
O medo…
A lua…
O uivo…
Por: Apenas Contos